Profissões Extintas

Vendedor de Trempes e Peneiras

Na crónica de á duas semanas passadas tive a oportunidade de falar de algumas profissões que hoje em dia já não existem, como por exemplo o amolador de facas e tesouras. No entanto não queria deixar passar a oportunidade de falar de muitas outras que em pouco mais de 20 anos deixaram de existir e que todos nós nos lembramos.
O desaparecimento de muitas profissões é explicado com a evolução da sociedade, das tecnologias e do próprio mercado de trabalho, algumas substituídas por robots, outras porque deixaram de fazer sentido.
Profissões que tinham algum peso económico na nossa economia, ou eram um complemento da sobrevivência de algumas famílias e que nos nossos dias já não fazem sentido mas foram profissões que alguns familiares meus exerceram a de caiador, carvoeiro, bordadeira, engomadeira, lavadeira.
Quem não se lembra dos vendedores de trempes e peneiras que percorriam as ruas da nossa cidade, o fotógrafo á lá minute do campo de São Francisco, o polícia sinaleiro que os semáforos vieram substituir ou do alfarrabista que tinha o seu estamine por detrás do liceu.
Uma das profissões únicas no nosso país e felizmente ainda existentes na ilha da Madeira é a de levadeiro, aquela que o meu avô paterno tinha enquanto viveu na ilha onde nasceu, esta profissão consiste em dar rumo as águas de irrigação dos terrenos nas levadas a determinadas horas e sítio para cada proprietário, encarregando-se de as conduzir até aos seus terrenos.
Outra das profissões em vias de desaparecer é a de engraxador, que há alguns anos se encontravam nas ruas de qualquer cidade.
Só na freguesia onde nasci existem várias profissões que já se extinguiram ou estão em vias de, nomeadamente modista, costureira, alfaiate, calafate esta muito procurada devido ao porto de pesca da Calheta, onde era preciso reparar os barcos de pesca.
Antigamente eram necessárias duas ou três pessoas para desempenhar o trabalho que hoje em dia é feito apenas por uma só.

João Freitas