Cantar às Estrelas é uma tradição que ainda perdura nas freguesias, vilas e cidades da nossa ilha. Na véspera do dia de Nossa Senhora da Estrela ou das Candeias, entoam-se as vozes de homens e mulheres que cantam versos rimados à Senhora da Estrela, acompanhados pelos acordes dos característicos instrumentos de corda, como a indispensável viola da terra ou de dois corações.
O cantar às Estrelas, encerra as festividades natalícias e constitui uma manifestação natural da população, é uma tradição muito antiga, que se perde no tempo, não se tem conhecimento da data precisa.
Após o dia das Estrelas as famílias açorianas desmanchavam, algumas ainda o fazem, o presépio no dia das estrelas. As crianças (femininas) nascidas neste dia eram baptizadas de Estrela, como é o caso da minha prima “Estrelinha”. Aproveito aqui para lhe desejar os parabéns e muitos anos de vida.
Na freguesia de São Pedro de Ponta Delgada e até á pouco mais de vinte anos a tradição de cantar às estrelas também era vivida com entusiasmo, a mesma era organizada pela Banda Rival das Musas.
Segundo me recordo o grupo percorria as ruas da freguesia, cantando de porta em porta sempre animado pelo “José da Vila” figura muito acarinhada na filarmónica e que possivelmente trouxe de Vila Franca do Campo o espírito de folia que o caracterizava.
Quando eu vivia na Calheta achava muito interessante esse convívio, esse andar de rua em rua a cantar às estrelas. Hoje vejo isso como uma tradição que se mantém viva por iniciativa de populares entusiastas que teimem em preservar o que de bom tem a cultura popular Açoriana, não esquecendo os autarcas das nossas vilas e cidades que souberam aproveitar esta tradição ancestral e que possivelmente sem o seu apoio o cantar às estrelas tal como nós o conhecemos já tinha acabado.
Com o decorrer dos anos a tradição foi passando de geração em geração e os grupos são cada vez mais diversificados. Crianças, jovens e adultos reúnem-se para dar continuidade a esta manifestação cultural.
Das cidades que mais tem fomentado esta tradição é sem duvida a cidade da Ribeira Grande, onde mais uma vez as estrelas brilharam bem alto, com largas centenas de participantes e milhares de pessoas de toda a ilha a assistir.
Entremos no espírito da festa e que não se deixe morrer esta tradição. Siga a estrela…
João Freitas
O cantar às Estrelas, encerra as festividades natalícias e constitui uma manifestação natural da população, é uma tradição muito antiga, que se perde no tempo, não se tem conhecimento da data precisa.
Após o dia das Estrelas as famílias açorianas desmanchavam, algumas ainda o fazem, o presépio no dia das estrelas. As crianças (femininas) nascidas neste dia eram baptizadas de Estrela, como é o caso da minha prima “Estrelinha”. Aproveito aqui para lhe desejar os parabéns e muitos anos de vida.
Na freguesia de São Pedro de Ponta Delgada e até á pouco mais de vinte anos a tradição de cantar às estrelas também era vivida com entusiasmo, a mesma era organizada pela Banda Rival das Musas.
Segundo me recordo o grupo percorria as ruas da freguesia, cantando de porta em porta sempre animado pelo “José da Vila” figura muito acarinhada na filarmónica e que possivelmente trouxe de Vila Franca do Campo o espírito de folia que o caracterizava.
Quando eu vivia na Calheta achava muito interessante esse convívio, esse andar de rua em rua a cantar às estrelas. Hoje vejo isso como uma tradição que se mantém viva por iniciativa de populares entusiastas que teimem em preservar o que de bom tem a cultura popular Açoriana, não esquecendo os autarcas das nossas vilas e cidades que souberam aproveitar esta tradição ancestral e que possivelmente sem o seu apoio o cantar às estrelas tal como nós o conhecemos já tinha acabado.
Com o decorrer dos anos a tradição foi passando de geração em geração e os grupos são cada vez mais diversificados. Crianças, jovens e adultos reúnem-se para dar continuidade a esta manifestação cultural.
Das cidades que mais tem fomentado esta tradição é sem duvida a cidade da Ribeira Grande, onde mais uma vez as estrelas brilharam bem alto, com largas centenas de participantes e milhares de pessoas de toda a ilha a assistir.
Entremos no espírito da festa e que não se deixe morrer esta tradição. Siga a estrela…
João Freitas