O Amigo Jori

O Jori e o seu estilo

Desde criança que fui instruido pelos meus país a respeitar e acarinhar os animais.
Durante a minha infância e adolescência tive 2 gatos o Chico e o preto, uma cadela a Diana e a estrelinha, uma bezerra.
Após o casamento as espécies foram aumentando e variando, galinhas, periquitos, peixes, tartarugas e peixes de água doce e água salgada e hamsters.
No entanto existem alguns que me marcaram pela sua inteligência e destreza.
O Jori (João+Rita) foi um cão abandonado que eu e a minha esposa acolhemos, este surpreendia todos quantos nos visitavam. Ele sabia a sua posição na família o “menino bonito” e fazia uso desta, mantendo a distância ou confraternizando de acordo com a ambiência.
O nosso amigo e companheiro adorava andar de mota, quando nos via agarrar os capacetes sentava-se olhando para nós a aguardar que lhe puséssemos o dele. Na mota colocava-se entre o volante e eu, condutor, de pé nas patas traseiras e com as dianteiras pousadas no volante.
Entre os familiares e amigos havia alguém que era irresistível para o Jori, o meu cunhado Marco. Na altura ele tinha um citroen 2 cavalos que fazia as suas delícias sentava-se no banco da frente com o cinto de segurança posto e lá ia passear.
Existe um episódio caricato que se passou com a minha contra cunhada. Numa noite combinamos passar um serão lá em casa, o Marco foi buscar a Bela a casa e esta quando se aproximou do carro reparou que o banco dianteiro estava ocupado entrou e delicadamente disse “boa noite senhor”, o Marco olhou para trás e retorqui rindo desalmadamente “isso é o Jori” desataram os dois á gargalhada.
A hora do banho do Jori e o local variava consoante o tempo “Jori está mau tempo” ele dirigia-se para a casa de banho e saltava para a banheira, “Jori está bom tempo” deslocava-se para o quintal para uma boa mangueirada.
O Gaspar era um periquito muito engraçado, ficava indignado quando se abria a porta da gaiola, só saia para pousar na mão da mina esposa.
A Lolita, filha de cães de circo, foi criada com o Snopy (cocker) era extremamente ágil e irrequieta quando vinha para dentro de casa saltava para os móveis abria as portas dos armários, vasculhava toda a casa. O Snopy tinha um inimigo no quintal, o senhor feliz, galo da madeira, que estava para poucos amigos, ambos envolviam-se em lutas ferozes que terminou na morte do Feliz.
Seja amigo dos animais e irá surpreender-se.

João Freitas